Assassin's Creed IV: Black Flag - meu 2º jogo da Ubisoft
Antes de começar, sou obrigado a dizer que meu contato com jogos de mundo aberto da Ubisoft tinha sido praticamente inexistente até este ano, 2025. Não sei dizer se foi em agosto ou setembro, mas depois de ver um pouco sobre, me deu muita vontade de jogar Immortals Fenyx Rising (2020).
Pesquisei preços por um tempo e achei a mídia física por um valor bacaninha, 60 reais. Fui lá e comprei. Pode até não parecer, mas é muito importante pra mim dar o mínimo de dinheiro possível para a Ubisoft por diversos motivos. Enfim, joguei e até fiz um review aqui no blog.
Ainda não fechei, mas joguei por alguma coisa perto de 30 horas e me diverti. Valeu a pena, só que cansou porque é bem repetitivo: subir num lugar alto, liberar parte do mapa, encontrar missões secundárias e fazer o suficiente delas pra seguir em frente com a história.
Este ciclo se repete umas 5 ou 6 vezes e as missões secundárias são sempre do mesmo tipo, com umas 5 ou 6 variações.
Não é ruim, mas também não é a melhor coisa do mundo. Diria que a minha primeira experiência com a Ubisoft foi até acima da média. Minhas reclamações são pontuais.
Depois disso tudo, gostaria de dizer que comecei a jogar um segundo título da Ubi: Assassin's Creed IV: Black Flag (2013). Consegui uma cópia usada fazendo trocas e este épico estava esperando eu criar coragem pra começar já faziam 3 meses.
E que começo! Um pé na porta já arrebentando tudo em uma batalha entre caravelas de guerra. Sensacional! Mas, depois vieram alguns problemas.
Qualquer um que falar de precisão histórica em Assassin's Creed e não reclamar desses dentes de marinheiro em Black Flag está errado! Parece que o cara botou lente nos dentes!?
A primeira ilha, onde acontece o tutorial, poderia ser uma das melhores perseguições cinematográficas já feitas num videogame, fazendo você lutar contra um assassino, depois contra a marinha espanhola e, depois, te levar em aventuras pelo Mar do Caribe em vários locais históricos. Mas você tem que parar a ação no meio para ficar procurando e abrindo baús. Se você não fizer isso no meio da perseguição, vai ter que fazer depois, antes de ir embora, voltando para o começo do jogo para pegar um monte de baús que ficou pra trás.
Aliás, quantos tesouros tinha nessa ilha. Parece que cada capitão pirata que já existiu tinha que deixar seu ouro ali.
Isso foi uma quebra de ritmo absurda para o jogador. Acho que só dá pra comparar se você brigar com alguém na rua e, logo em seguida, cumprimentar a pessoa e ir para um supermercado comprar tudo que tem na sua listinha. Foi massante, tedioso e eu nem tinha nada pra comer depois. Definitivamente eu preferia ter ido para o supermercado.
Enfim, com o mapa tutorial completado, a história finalmente pode continuar! Chegamos a Havana do século XVIII e é muito necessário parar tudo para falar algo muito importante: a cidade é tão bonita que dá vontade de circular por ela umas duas horas sem fazer nada. Não precisa nem ter jogo de tão espetacular que ficou o cenário. O ambiente ensolarado de um jeito que dá vontade de pular no mar, as construções históricas, as pessoas... é quase tudo perfeito.
Só teve um único detalhe que ficou meio estranho, mas pode ser que essa sensação tenha acontecido por falta de conhecimento da minha parte: tem muitos grupos de mulheres de má fama espalhadas pela cidade, no meio da rua e debaixo do sol. Paciência.
Logo depois desse momento de contemplação e vislumbre, a fórmula se repete: subir em um lugar alto, liberar uma parte do mapa, encontrar missões secundárias e fazer o suficiente delas para seguir em frente com a história. Pelo que eu vi, tem uns cinco ou seis tipos diferentes de missões.
Assassin's Creed IV: Black Flag foi lançado em 2013 e era um título cross gen, tendo versões tanto no PlayStation 3 e no PlayStation 4. Immortals, de 2020 já representa a passagem para a geração seguinte, indo para o PlayStation 5. São 7 anos de diferença, literalmente uma geração de tecnologias a mais e artes com estilos completamente distintos. Mas, ainda sim, em boa parte da gameplay parece que são exatamente o mesmo jogo com skins diferentes. Seria esse o DNA da Ubisoft?
Não sei dizer exatamente o motivo, mas eu não tive a mesma sensação com jogos semelhantes de outras empresas. Recentemente, com Hogwarts Legacy (2023) e Horizon Zero Dawn (2017), eu até enxerguei como alguns conceitos de design eram exatamente os mesmos, mas a execução e as mecânicas eram diferentes o suficiente para o meu cérebro entender que eu não estava fazendo exatamente o mesmo que nos jogos da Ubi.
Enfim, com tudo isso estou sem pressa pra jogar. Vai ser de hora em hora nos dias que der tempo até que eu acabe o primeiro mapa. Depois eu espero que as batalhas de navios deixem Black Flag mais interessante.
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